sábado, 5 de novembro de 2016

A esquerda bobinha


           




 Deve ter alguma errada entre Fernando Holiday ganhar uma eleição e a esquerda bobinha sair metralhando no discurso todos os pobres pela derrocada da esquerda. É o nosso pior complexo.



 Há poucas certezas pós-momento de golpe. É quando se abrem ou se fecham todos os rumos ou caminhos. Uma parte da esquerda mais nacionalista prega unidade enquanto os divisionismos de egos disputam entre flores e flechas no PT, PC do B e PSOL. Entre o trotskismo exacerbado, o centralismo nacional-socialista para construção de um projeto popular, tem uma esquerda bobinha que adora culpar os pobres.
            Deve ter alguma errada entre Fernando Holiday ganhar uma eleição e a esquerda bobinha sair metralhando no discurso todos os pobres pela derrocada da esquerda. É o nosso pior complexo. É a síndrome de centro da esquerda. O branco, estudioso e do campo mais avançado da sociedade, muitas vezes filho das famílias de classe média, quando não das velhas e mais novas elites, faz uma leitura mais metodologicamente abstrata e, num momento de ira e de rasa leitura de conjuntura, culpa os pobres.
            Não há a melhor leitura, mas a pior é, sobretudo, culpar os pobres. Numa guinada conservadora de ataques aos direitos fundamentais, o discurso da direita não é nem de longe agressivo como o da esquerda em relação aos problemas práticos. Pois vejam vocês: quem, no auge de sua dor, entenderia tantos academicismos terminológicos para entender que tem que comer daqui a meia hora? Como disputar a consciência das pessoas falando que greve geral é o caminho mais viável se a classe trabalhadora não é a mesma em todo o Brasil, e muito menos é uma classe trabalhadora plenamente proletária, pautada pelos princípios do produtivismo industrial, estado, muitas vezes, fragmentada, isolada, precarizada e desorganizada? Como defender, ainda que com bons argumentos, os melhores dirigentes republicanos que produzimos, sendo eles pessoas que acreditam que transformando o centro, vamos implantar o socialismo no Brasil, quando esquecemos de entender as reclamações diárias de quem enfrenta o genocídio da juventude negra com raiva da polícia, mas não se reconhece nessa esquerda. É uma esquerda bobinha, muitas vezes saudosa de 64, que ainda não entende que o golpe de 2016 é coisa de gente mais profissional que naquela época.

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1 comentários:

Unknown disse...

São velhas raposas com muitos anos de experiencia e doutorado na academia da corrupção e falta de escrupulo

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"A raça é um signo duplo, cujo significante aponta para dois significados: opressão e resistência"

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